Tipos de vacinas: saiba quais as existentes e como funcionam

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Os diferentes tipos de vacina aplicadas no Brasil pela rede pública e previstas nos calendários de vacinação são capazes de combater mais de 20 doenças, em diversas faixas etárias. Também existem as vacinas para grupos especiais que protegem contra 10 doenças diretas. Esses mesmos imunizantes podem ser encontrados também na rede particular, mas geralmente abrangem um público mais amplo, possuem mais doses de reforço e protegem contra um maior número de cepas. Graças à vacina tivemos a erradicação de doenças graves, como a Rubéola, cujos casos apareceram por último nos anos de 2018 e 2019. Mas afinal o que são as vacinas? Como são feitas e como são capazes de erradicar doenças? Confira a resposta para essas perguntas e muitas outras informações no texto abaixo!

O que é uma vacina?

As vacinas são substâncias produzidas em laboratório que estimulam o nosso sistema imunológico a produzir anticorpos contra determinadas doenças antes de termos contato com elas. Elas atuam com o objetivo de criar uma memória imunitária no nosso organismo. Geralmente, esse mesmo processo aconteceria no corpo do indivíduo que entra em contato com o vírus. Só que com a vacina, é possível apenas desenvolver os anticorpos sem desenvolver a doença e as complicações causadas por ela. Quando o organismo entrar em contato com o vírus para o qual a vacina foi criada, ele vai saber como se proteger. Há diferentes tipos de vacina que podem ser aplicados tanto por injeção quanto de forma oral, entretanto o segundo caso é uma minoria e o exemplo mais comum é a VOP, que são as gotinhas contra a poliomielite. 

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Qual a importância de se vacinar?

A vacinação em massa é capaz de reduzir significativamente o contágio de uma doença e até erradicá-la. Daí a importância de fazê-la sempre que necessário e mesmo quando não for obrigatório, mas for possível e indicado se vacinar. Um bom exemplo da importância da vacina que pôde ser visto recentemente na história, foi o da Covid-19. Antes da vacinação, foi preciso fazer quarentena e tomar medidas rigorosas para conter o vírus.  À medida que as pessoas foram se vacinando, pudemos ver uma melhora significativa no contágio da doença e, principalmente, na redução do número de pessoas hospitalizadas. A decisão de não se vacinar aumenta em pelo menos 25 vezes o risco de uma pessoa contaminada pelo coronavírus vir a morrer em virtude de complicações da covid-19.  Esse foi o resultado de um levantamento da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Veja a taxa de óbitos entre os vacinados e não vacinados:
  • não vacinados – taxa de óbitos de 322 para cada 100 mil pessoas;
  • vacinados – taxa de óbitos de 13 para 100 mil pessoas.
Esse foi apenas um exemplo, mas a vacinação contra todos os microorganismos que podemos ter contato e para os quais existe imunizante é imprescindível. Ela protege, inclusive, os não vacinados, pois quebra o ciclo de contágio. Quando uma pessoa vacinada entra em contato com o causador da doença, essa pessoa não vai passá-la para frente. Assim cria-se uma imunidade de rebanho, que protege toda a população por meio da proteção indireta contra doenças infecciosas. 

Quais os tipos de vacinas existentes?

Quais os tipos de vacinas existentes Fizemos uma lista com os principais tipos de vacina e para que servem. Entenda mais sobre o assunto!

Vacinas de microrganismos atenuados

Este tipo de vacina é feito com o microrganismo enfraquecido em laboratório, a partir de um indivíduo ou animal infectado. O vírus passa por mutações dentro do laboratório até ficar extremamente fraco ao ponto de não causar a doença. Entretanto, apesar de não desenvolver a doença, ele consegue fazer com que o corpo desenvolva a imunidade. De forma geral, a vacina atenuada é contraindicada para grávidas e imunodeprimidos.  São exemplos de vacinas com microrganismos atenuados:  BCG, febre amarela, tríplice viral, catapora e a vacina para herpes zoster e a nova vacina contra herpes. Leia também: Exames de pré-natal: entenda o que são e quais devem ser feitos

Vacinas de microrganismos inativados ou mortos

A vacina inativada é feita com bactérias e vírus mortos, ou fragmentos desses microrganismos.  Para que fiquem inativos, eles passam por processo químicos ou de calor, controlados em laboratório.  Quando eles entram em contato com o organismo, nosso corpo entende que precisa se proteger e passa a desenvolver anticorpos. Diferente do imunizante com vírus atenuado, neste tipo de vacina, ela apenas engana o organismo para que passe a desenvolver apenas os anticorpos, sem desenvolver a doença. São exemplos de vacinas inativadas: hepatite, vacina meningocócica, Haemophilus influenzae e febre tifóide Essas vacinas são extremamente seguras, mas podem perder eficácia com o tempo e precisar de reforço.

À base de RNA

Este é um tipo de vacina novo criado a partir do RNA mensageiro das nossas células. O RNA faz parte das nossas células e é responsável por carregar as instruções para a síntese proteica.  Quando a vacina é aplicada, ela introduz nas células do organismo a sequência de RNA mensageiro com a fórmula para que essas células produzam uma proteína específica do agente que se quer imunizar. Ou seja, ela ensina as células a desenvolverem a proteína exata que faz o corpo produzir anticorpos. A partir daí, o corpo passa a reconhecer essas substâncias como estranhas e a se proteger delas. O imunizante é capaz de produzir respostas rápidas em surtos e epidemias.  A vacina da Pfizer contra a Covid-19 é um exemplo deste tipo de vacina. 

Vetores virais

A vacina de vetor viral é feita com determinados genes do vírus que são incapazes de se replicar no organismo. Esse vírus (modificado), funciona como um alerta para que o sistema imunológico comece a trabalhar contra os invasores. A atuação deste tipo de vacina é parecida com a de RNA, e também é uma tecnologia nova, desenvolvida em vacinas como a Astrazeneca e a Janssen, contra a Covid-19.

Como são feitas as vacinas?

Como são feitas as vacinas Depois que a composição da vacina é feita, ela passa por diversas fases de teste para saber se é possível ser disponibilizada à população. Além do antígeno, responsável por estimular a produção de anticorpos, o imunizante pode conter também outros componentes, como os conservantes e estabilizantes que ajudam a conservar e prevenir reações químicas.  Também podem ser adicionados adjuvantes que potencializam a sua ação. Esse mecanismo de aprovação e teste vale para todos os tipos de vacina.

Pré-clínica

A fase pré-clínica é o momento em que a vacina é testada em animais.  Essa etapa é essencial para garantir a segurança da vacina nos humanos. Além disso, os resultados são analisados para saber se ela possui resposta protetora.

Fase 1

Na primeira fase, ela é testada em um pequeno número de pessoas e são estudados e analisados os resultados quanto à:
  • dose correta aplicada;
  • segurança;
  • capacidade de provocar resposta imune ou imunogenicidade.
Os testes são feitos em voluntários e essa fase dura em torno de dois anos. A fase dois só se inicia se os resultados obtidos forem positivos.

Fase 2

Na fase 2, a vacina é aplicada em um número maior de voluntários. Novamente são avaliadas a dose adequada e a imunogenicidade. Os pesquisadores buscam encontrar a quantidade ideal que deve ser aplicada para que a vacina tenha o efeito desejado sem que prejudique ou cause possíveis complicações.

Fase 3

Se a fase dois for efetiva, a vacina passa para a fase 3.  Os critérios testados anteriormente continuam em teste nessa fase, mas com um número ainda maior de pessoas. Entretanto, na fase 3 os voluntários são divididos em dois grupos e parte deles recebe a vacina e a outra placebo, isto é, uma substância que não possui efeitos fisiológicos.  A equipe de cientistas que está avaliando os participantes e a eficácia da vacina não sabe quem recebeu a vacina e quem recebeu o placebo. Dessa forma, os resultados são mais eficazes e não há influência dos avaliadores. Além disso, aqui são feitos testes em diferentes países e com populações distintas, para que possam ser analisados os resultados e a resposta de cada grupo. A partir daí as agências reguladoras de cada país podem realizar os testes nos imunizantes. No caso do Brasil, isso é feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Qual a diferença entre vacinas de rotina e vacinas de campanhas?

A vacinação de rotina segue os calendários estabelecidos pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) que são recomendados pelo Ministério da Saúde, enquanto as vacinas de campanhas são oferecidas anualmente. Para exemplificar, vamos pegar como exemplo o calendário vacinal infantil. Ele começa imediatamente logo após a criança sair da barriga da mãe e vai até os 5 anos de idade, período em que recebe diferentes tipos de vacina. Nesta eṕoca são feitas as vacinas de rotina que seguem um calendário elaborado de acordo com as recomendações do PNI. Já nas vacinas de campanha, as pessoas devem comparecer anualmente nos postos de saúde para se vacinar. O exemplo mais comum é o da vacina da gripe, que todos os anos é atualizada com as cepas da gripe mais comuns que estão circulando. É importante lembrar que uma não exclui a outra, pelo contrário. Além de seguir o calendário vacinal recomendado para cada idade, também é possível se vacinar durante as campanhas de vacinação.  Os objetivos e as vacinas oferecidas são diferentes e ambos se complementam. Você sabia que já tem vacina para Dengue? Agende a sua na Maximune!

Principais dúvidas as respeito das vacinas

Principais dúvidas as respeito das vacinas

Toda vacina possui um vírus vivo?

Não, apenas alguns tipos de vacinas existentes são feitas com o vírus vivo. Nestes casos, o vírus é controlado em laboratório e sua atuação é reduzida a ponto de ele não conseguir desenvolver a doença. Por isso, as vacinas são extremamente seguras e confiáveis.

Por que devemos nos vacinar contra doenças consideradas leves?

As doenças para as quais existem vacinas são infecciosas, isto é, causadas por microrganismos como vírus e bactérias e todas elas podem causar complicações. Uma gripe, por exemplo, pode passar em alguns dias para algumas pessoas, mas para outras, como os idosos, que são grupo de risco para a doença, ela pode desenvolver pneumonia, asma, agravar doenças crônicas, entre outras complicações. Conheça também a Vacina Pneumo 23, que previne 23 tipos de pneumococos.

Se algumas doenças estão erradicadas ou quase erradicadas, por que deve-se tomar vacina?

Para manter a população livre de doenças que já foram erradicadas, o único jeito é continuar vacinando a população. Vírus e bactérias podem viajar facilmente de um lugar para o outro e iniciar um novo surto da doença. Para doenças, como sarampo, caxumba e rubéola, por exemplo, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é de que haja cobertura vacinal de, pelo menos, 95% da população. Entretanto, nem sempre esse número é alcançado, especialmente nos últimos anos, em que o número de vacinação para doenças fatais tem caído.  Se em 2019 esse número era de 93%,1 em 2021 caiu para apenas 71,5%. Uma pesquisa do IBOPE mostrou que três em cada dez crianças brasileiras não receberam imunizante contra doenças fatais. Um dos motivos pelos quais isso acontece é que os pais não têm conhecimento do que essas doenças representam, principalmente por nunca terem tido contato com elas, aponta uma pesquisa realizada pela Unicef.

Como consigo saber quais vacinas devo tomar?

Os calendários nacionais de vacinação para crianças, adultos, idosos, adultos e gestantes é atualizado anualmente pelo Ministério da Saúde.  As vacinas para cada faixa etária podem ser encontradas gratuitamente nos postos de saúde  Já as clínicas particulares também oferecem essas vacinas, mas para um público mais abrangente.  Se você perdeu a época de se vacinar contra a gripe, por exemplo, ou se não faz parte do grupo de imunização pode procurar clínicas particulares para se vacinar. Muitas vacinas das clínicas particulares também podem ser mais protetivas do que as do sistema público. Aqui no blog da Maximune já falamos sobre o calendário vacinal de idosos, crianças, adultos e gestantes, caso queira conferir! Além disso, na clínica da Maximune, nós realizamos vários tipos de vacinação e cuidamos de toda a sua família!

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Conclusão: tipos de vacinas

Os diferentes tipos de vacinas existentes podem ser feitos com vírus vivos e extremamente enfraquecidos, vírus inativados e também a partir de tecnologias como a de RNA e de vetores virais. Todas elas são extremamente seguras e passam por rigorosas fases de testes antes de serem disponibilizadas para a população. Primeiro, os imunizantes são testados em animais, depois em pequenos grupos e, finalmente, em grupos maiores de diferentes populações para garantir sua completa eficácia. As vacinas também passam por testes nas agências reguladoras de cada país. Graças a elas, a saúde pública avançou muito e hoje é possível se proteger de doenças extremamente graves que podem levar à morte em poucos dias. E você, está com a vacinação em dia por aí?
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