Você sabia que existem diferentes tipos de meningite? Isso mesmo! Cada um deles tem uma causa específica e, por conta disso, requerem tratamentos diferenciados.
No Brasil, a meningite, por sua vez, já virou uma questão endêmica em algumas regiões do país. Inclusive, o gênero mais afetado são os homens.
Além disso, pessoas que possuem um sistema imunológico comprometido ou ainda em desenvolvimento, como as crianças, podem ser mais suscetíveis a contrair essa inflamação.
Por conta disso, é importante saber mais sobre os principais tipos de meningite, bem como quais são as formas de tratamento mais eficazes e as medidas de proteção adequadas.
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Boa leitura!
O que é a meningite?
Antes de conhecer os principais tipos de meningite é fundamental saber o que é essa condição clínica, bem como suas principais causas.
Tanto a nossa medula espinhal quanto o nosso cérebro são cobertos por finas membranas, conhecidas como meninges.
Quando um agente infeccioso age diretamente nessas membranas, seja um fungo, vírus, parasita ou bactéria, há o surgimento de uma inflamação chamada meningite.
Inclusive, essa doença pode ser causada, também, pelo uso indevido de certos medicamentos ou a partir de fortes traumas na região da cabeça, por exemplo.
Vale ressaltar, por sua vez, que a meningite não afeta apenas às meninges; ela consegue atingir todo o local, fazendo com que o suporte de oxigênio seja prejudicado.
Além disso, de acordo com observações clínicas e estudos mais avançados da área, pode-se notar uma rápida evolução para casos mais intensos da doença entre crianças menores de 5 anos e nos adolescentes.
Segundo dados do governo federal, a meningite é considerada uma doença endêmica no Brasil. Logo, casos são esperados ao longo do ano, sendo mais comum no outono-inverno.
Tipos de Meningite: saiba quais são
Agora que você já aprendeu um pouco mais sobre a meningite, bem como conheceu alguns dados epidemiológicos, chegou o momento de conhecer os principais tipos de meningite.
Vale lembrar que, na maioria das vezes, a meningite é causada por um microrganismo, seja uma bactéria, vírus etc.
Porém, há outras formas de contrair a inflamação nas meninges. Para saber mais detalhes sobre o assunto, continue a sua leitura!
Meningite viral
A meningite viral é uma inflamação provocada pelo enterovírus, sendo os mais comuns desse gênero os vírus:
- Epstein-Barr;
- Vírus de Coxsackie;
- poliovírus;
- vírus da herpes (o qual é responsável por provocar a meningite herpética).
Além disso, esse é um dos tipos de meningite que acometem, principalmente, maiores de 15 anos e sua incidência se dá de forma mais acentuada no verão.
Inclusive, a meningoencefalite é uma complicação deste tipo de meningite e acomete vários locais do cérebro.
A principal forma de contágio da meningite é por meio da ingestão hídrica ou a partir de alimentos que foram contaminados com fezes que continham o vírus.
Meningite bacteriana
Agora, um outro tipo de meningite é a bacteriana. Essa doença é causada por um dos agentes etiológicos abaixo listados. Veja:
- Streptococcus pneumoniae;
- Mycobacterium tuberculosis;
- Neisseria meningitidis (a qual provoca a famosa meningite meningocócica);
- Haemophilus influenzae tipo b.
Importante comentar que a meningite bacteriana é bastante rara de acontecer e, por conta disso, quase não se há relato sobre essa condição clínica.
No entanto, ela costuma atingir, em sua maioria, idosos e crianças, justamente aqueles que possuem um sistema imunológico mais frágil e/ou ainda em desenvolvimento.
Meningite fúngica
Atualmente, existem 4 tipos de fungos que foram descritos na literatura e que são capazes de provocar a meningite fúngica, um dos tipos de meningite mais difíceis de encontrar. São eles:
- Cryptococcus spp.;
- Coccidioides posadasii;
- Aspergillus spp.;
- Candida spp (responsável por causar a candidíase).
Assim como a meningite bacteriana, essa condição é rara de ser notificada e acaba atingindo grupos populacionais de risco, como crianças e idosos.
Além disso, pacientes que possuem o sistema imunológico comprometido ou que possuem alguma doença crônica também são alvo desse tipo de meningite.
Meningite eosinofílica
No caso da meningite eosinofílica, a inflamação nas meninges é dada por um parasita, chamado de Angiostrongylus cantonensis.
Esse organismo é capaz de infectar caramujos, lesmas e demais moluscos. Dessa forma, só pode ser contraído por uma pessoa caso ela faça a ingestão da carne dos animais que foram infectados.
Por conta disso, também é um dos tipos de meningite bastante raros na sociedade e seus sintomas estão associados à rigidez na nuca (sintoma clássico de qualquer meningite), bem como vômitos e náuseas.
Meningite asséptica
A meningite asséptica é um dos tipos de meningite que não é causada pelas bactérias que, normalmente, desencadeiam essa doença.
Dessa forma, ela pode ser adquirida a partir da administração indevida de medicamentos, outros microorganismos etc.
Essa meningite, por sua vez, diferentemente da meningite causada por bactérias, é considerada benigna e, frequentemente, provocada por vírus.
Assim, ela é bastante semelhante à meningite ocasionada por vírus. Os principais vírus que causam essa doença são:
- arbovírus;
- enterovírus;
- papeira;
- Epstein-Barr;
- varicela;
- sarampo;
- gripe comum.
Quais os principais sintomas dos diferentes tipos de Meningite: confira
De forma geral, os sintomas dos diferentes tipos de meningite são, basicamente, semelhantes.
Inclusive, eles podem aparecer no organismo do paciente entre o 2º e o 10º dia após o contato com um determinado agente invasor/infeccioso.
No entanto, é bastante frequente que os sintomas se manifestem entre o 3º e o 5º dia após a instalação da infecção no paciente.
Abaixo, elencamos os principais sintomas dos diferentes tipos de meningite. Confira!
- febre repentina e alta;
- dor forte na cabeça e rigidez na região da nuca;
- vômitos;
- náuseas;
- dificuldade para mexer o pescoço, bem como dores intensas;
- alienação mental;
- concentração comprometida;
- paralisia;
- gangrena em membros inferiores e superiores;
- inapetência (falta de apetite);
- cansaço e sonolência;
- sensibilidade a ruídos e luz.
Caso alguns sintomas sejam observados de forma simultânea no paciente, há grandes chances dele ter algum tipo de meningite.
Dessa forma, é fundamental procurar ajuda médica com um neurologista, infectologista ou até mesmo o clínico geral para que, então, a avaliação seja feita de forma adequada.
Afinal, somente ele será capaz de realizar o diagnóstico mais corretamente e, assim, indicar quais exames e tratamentos são os mais indicados para cada caso clínico.
Meningite: como funciona o diagnóstico
Para diagnosticar os diferentes tipos de meningite, um pré-diagnóstico é feito pelo profissional médico antes de qualquer coisa.
Assim, ele irá avaliar o histórico clínico do paciente, bem como realizar uma anamnese adequada para saber, de fato, quais são os sinais e sintomas que o paciente queixa.
Dessa forma, avaliações como movimentação do pescoço ou outras formas podem ser necessárias, justamente para verificar a mobilidade da região e a rigidez na nuca, visto este ser um dos principais sintomas de todas as meningites.
Após essa avaliação física detalhada, o médico poderá solicitar o LCR (cultura do líquor), justamente para saber se é ou não meningite.
Com esse exame, realizado por meio do líquido obtido na punção lombar, é possível que se identifique a presença de microorganismos.
Além disso, outros exames complementares podem ser solicitados, tais como:
- exame de sangue;
- exame de urina;
- tomografia computadorizada;
- ressonância magnética.
Tratamentos para os tipos de Meningite
Após a realização da avaliação médica e o efetivo diagnóstico de um dos tipos de meningite, é importante conhecer as opções de tratamento.
Porém, de forma geral, é fundamental que o paciente fique internado no hospital, justamente pela necessidade de se ter um acompanhamento mais de perto de uma equipe multidisciplinar.
Afinal, a meningite, seja ela qual tipo for, tem uma progressão bastante rápida e, se não for tratada corretamente, complicações sérias podem ser desencadeadas.
Dessa forma, caso os sintomas sejam percebidos, o indivíduo deve procurar ser atendido o mais rápido possível pelo médico, justamente para que receba todo o suporte necessário.
Atualmente, o principal objetivo do tratamento é que o organismo tenha meios para que a inflamação seja combatida.
Porém, em casos mais avançados da doença, o tratamento irá auxiliar para que o organismo saiba lidar com todos os agravos ocasionados por quaisquer tipos de meningite.
Assim, pode ser necessária a administração de medicamentos mais fortes, os quais serão de acordo com o agente pelo qual houve a contaminação, como:
- antivirais;
- antifúngicos;
- antiparasitários;
- antibióticos.
Quais são os tipos de meningite contagiosa?
As meningites bacteriana e viral são os tipos de meningite considerados contagiosos. Dessa forma, podem ser passados de pessoa para pessoa.
Vale ressaltar que, como mencionado anteriormente, a forma de transmissão se dá pelo contato direto com as secreções da via respiratória da pessoa infectada ou até mesmo da saliva.
Entretanto, a meningite, felizmente, não é uma doença de extremo contágio, como outras doenças mais conhecidas: gripe, por exemplo.
No entanto, mesmo que ela possua um contágio reduzido, é fundamental prevenir a sua contaminação, pois as complicações dessa doença podem ser severas.
Qual é o tipo de meningite mais grave?
Segundo dados divulgados pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, entre os anos de 2007 e 2020, quase 400 mil casos suspeitos de meningite foram notificados.
Deste número, mais de 265 mil foram confirmados como tendo várias etiologias. Porém, a meningite viral, por incrível que pareça, foi a mais frequente, tendo mais de 121 mil casos.
Em seguida, temos a meningite de origem bacteriana, com mais de 87 mil casos confirmados.
Inclusive, os dados também mostraram que, dentre o número de casos total, 43 mil não tiveram uma causa específica determinada.
No entanto, no mesmo período em que o estudo foi realizado, houve uma redução bastante significativa entre os casos de meningite para crianças menores de cinco anos de idade.
Transmissão da meningite: como ocorre?
A transmissão dos diferentes tipos de meningite ocorre, geralmente, por meio das vias respiratórias, ou seja, de pessoa para pessoa, por secreções e gotículas expelidas pela garganta e/ou nariz.
Além disso, em alguns casos de meningite, ela pode ser instalada no organismo por meio do consumo de alimentos contaminados ou pela ingestão de água também contaminada.
Quando falamos de meningite bacteriana, por exemplo, é por meio das vias respiratórias que as bactérias são passadas para as pessoas.
Na viral, por sua vez, a transmissão irá depender, principalmente, do tipo de vírus, pois pode acontecer a contaminação fecal-oral, por proximidade com um indivíduo que foi infectado, pelo toque de objetos que foram contaminados etc.
Como prevenir a meningite?
Após entender todo o conteúdo sobre os diferentes tipos de meningite, que tal conhecer a melhor forma de prevenir essa doença?
Isso porque, a forma mais eficaz e correta de prevenir quaisquer tipos de meningite é por meio da vacinação.
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), as vacinas de meningococo responsáveis por garantir que a doença não seja contraída são do tipo A, B, C, W e Y.
Vale ressaltar que as vacinas são bastante seguras e, apenas podem ser liberadas para que a sociedade seja beneficiada com elas, após aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além disso, a Anvisa apenas concede autorização para distribuição e aplicação das vacinas que passaram e foram aprovadas em testes de controle de qualidade e eficácia.
Por conta disso, ressaltamos que, sim, as vacinas são bastante seguras e o ato de se vacinar é um ato de amor, pois o indivíduo estará cuidando de si, da sua família e das pessoas que estão ao seu redor.
A indicação para a administração da vacina meningocócica conjugada ACWY, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a SBIm, é para crianças em seus 3, 5 e 7 meses.
O reforço, por sua vez, é recomendado para crianças entre 4 e 6 anos ou até mesmo quando elas fizerem 11 anos.
Além das vacinas, existem outras formas de prevenir os diferentes tipos de meningite, tais como:
- evitar permanecer por muito tempo em ambientes fechados e com grande número de pessoas;
- realizar a correta higienização das mãos após estar em locais públicos;
- evitar viajar para locais que estejam tendo surtos de meningite em determinada época do ano.
Essas medidas, mais a vacinação, são excelentes formas de evitar os diferentes tipos de meningite.
Conclusão
No conteúdo de hoje, mostramos os diferentes tipos de meningite, bem como as características marcantes de cada um deles.
Além disso, você foi capaz de aprender a identificar os principais sintomas e, dessa forma, já sabe que procurar um médico, caso sinta qualquer um deles, é o primeiro passo.
Afinal, por conta de sua rápida progressão, a meningite precisa ser tratada de forma imediata, logo após a confirmação do diagnóstico.
Inclusive, atualmente, uma das formas mais eficazes de tratar essa doença é a partir da vacinação.
Para isso, você pode contar com a Maximune, clínica de vacinação em BH que oferece os melhores cuidados quando o assunto é vacina.
E aí, gostou de aprender mais sobre os tipos de meningite?
Então, entre em contato conosco agora mesmo e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto e conheça hoje mesmo as principais soluções que temos para você.
Lembre-se: a vacinação é um ato de amor ao próximo!